A polícia e a guarda municipal de Cabo Frio estão procurando um bugre amarelo que, em alta velocidade, invadiu a orla da Praia do Peró, partindo a corrente de proteção, na noite de segunda-feira. A violência jogou para o alto os faróis do bugre, que seguiu pela orla, junto aos quiosques, acompanhado por um homem que pilotava uma motocicleta. A área invadida é destinada apenas a pedestres, crianças e idosos, e é liberada apenas no início da manhã para operação de carga e descarga dos quiosques.
O secretário da Ordem Pública de Cabo Frio, coronel Fábio Carvalho, disse que todos os guardas municipais estão mobilizados para localizar o carro e seu proprietário. Assim que for identificado, ele será conduzido à 126ª DP (Cabo Frio) para ser autuado por dano ao patrimônio público. A invasão da orla foi testemunhada por várias pessoas, que ficaram revoltadas com o motorista, ainda não identificado. A invasão foi filmada pelo sistema de câmeras de segurança da orla. O proprietário do bugre também responderá por outros crimes:
"O motorista não sairá impune, caso seja identificado. Ele cometeu o crime previsto no art. 132 do Código Penal – expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente, cuja pena é de detenção, de três meses a um ano", disse o advogado criminalista Carlos Fernando Maggiolo, que é professor de Direito Penal.
A invasão da orla trouxe à tona o pedido de moradores, veranistas e hoteleiros para reforço do policiamento na zona turística do Peró depois das 18h, quando termina o expediente dos guardas municipais e fiscais de posturas que atuam na fiscalização da orla, na área dos quiosques. O comandante do 25º BPM, coronel Roberto Dantas, prometeu rever o esquema de policiamento para atender ao pedido da comunidade.
A invasão da orla do Peró foi alvo de protestos. O coordenador de Meio Ambiente, Mário Flávio Moreira, disse o incidente vai levar a prefeitura a reforçar as ações de ordenamento não só no Peró como nas demais praias da cidade. Diretora do Conselho Comunitário de Segurança, Patrícia Cardinot também lamentou o fato:
"A falta de educação é um dos maiores motivos da violência em todos os sentidos. É preciso uma punição exemplar".
*Com informações do Meio Ambiente Rio